sexta-feira, 5 de junho de 2015

Incentivo à leitura

A desmotivação dos alunos quanto à leitura dentro e fora da escola é alarmante. As crianças e os jovens, hoje tão ligados às tecnologias, não têm o gosto pela leitura. A leitura, para esse público, geralmente quando oferecida na escola é de forma obrigatória, sem cunho social, sem objetivo que não o avaliativo, o que acaba tornando a prática desgastante e nada prazerosa. A leitura se transforma em uma espada no peito deles e não um prazer.

Então, como fazer com que os alunos desde cedo tenham o gosto pela leitura e passem a apreciá-la ao invés de odiá-la? O mais importante é trazer algo que instigue os alunos, que seja diferente do que eles estão acostumados e que esteja à disposição deles. Algo como fez a professora Maria do Socorro Fragoso, do 2º ano do Ensino Fundamental, da Escola Municipal Monteiro Lobato, em Palmas (TO).
A professora criou dentro da sala de aula um cantinho da leitura, com a doação de livros, cada aluno podia levar um livro do acervo para casa e ficar com ele por três dias. Toda semana, a professora sorteava três alunos para recontar a história que leu, através de rimas, encenações, etc. para a turma. Com o tempo, as apresentações passaram a ser para outras turmas até que a ideia tomou conta da escola e alunos de diferentes turmas passaram a frequentar a biblioteca da professora Maria. Ao final do ano, medalhas foram distribuídas para os alunos que mais leram livros.

Uma atitude simples que incentivou os alunos a gostarem de ler, e, o mais importante, ensinou-os a gostarem de ler livros e trazê-los para sua rotina. Com isso, eles tiveram a oportunidade de se inserir no mundo literário, que só tem coisas boas a acrescentar na vida deles. Então, por que não trazer projetos como esse, simples e prazerosos, para as escolas de nossa cidade? Por que não podemos fazer com que o aluno se sinta parte de algo importante? Por que não despertar no aluno o melhor que ele pode ser?
Nós podemos e devemos incitar nos alunos, desde pequenos, o prazer pela leitura e fazer com que eles tirem o máximo proveito de todos os benefícios que só a leitura pode proporcionar.



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Reescrita: identificação e satisfação

Pensar que os alunos irão se interessar por todos os gêneros textuais e obras literárias que o professor tentar inserir na sala de aula é uma doce ilusão, pois sabe-se que cada dia mais os alunos mostram-se opinativos e participativos em ralação à leituras e atividades de aula.
A iniciativa de Jandira Stand, professora da EMEF Humberto de Campos, em São Paulo, foi aceita de forma surpreendente, exatamente pela maneira como ela resolveu trabalhar com seus alunos o gênero textual fábula. O trabalho da professora Jandira consiste em fazer com que o aluno reescreva uma fábula, com a intenção de que o mesmo entenda melhor o desenrolar da história e o gênero textual com que estão trabalhando.
O método da reescrita utilizado pela professora é o que falta em grande parte dos docentes que tenta trabalhar com obras clássicas no Ensino Médio, pois ainda hoje alguns deles pensam que trabalhar com o cânone é exigir dos alunos análises críticas dessas obras. Os alunos de Ensino Médio que, na maioria das vezes, não estão prontos para isso, todavia submetem-se a fazer a árdua tarefa de analisar a obra exigida porque “necessitam” passar de ano.
Sendo assim, tem-se uma ideia do por que os alunos acabam rejeitando os clássicos e, muitas vezes, qualquer outra obra. Segundo Furtado, “etapas devem ser seguidas para a aproximação de uma obra clássica o aluno, e que qualquer salto dessa aproximação gradual à leitura dos clássicos pode deixar como sequela uma rejeição prévia a toda sugestão de leitura de textos literários não contemporâneos”.
Pensando assim, trabalhar com a reescrita é dar a oportunidade do aluno ler um texto clássico ao seu tempo, fazer suas diversas leituras e interpretações e, assim, expressá-las, relacionado com a sua realidade, seu ponto de vista e os aspectos que lhe parecem importantes; isso faz com que o aluno absorva, sinta o clássico, pois deste modo possuirá tempo para pensar sobre o que foi lido, e reconhecer-se – identificar-se na obra, e será esse tempo de reescrita e reflexão que poderá fazer com que o aluno sinta satisfação de reescrever algo tão importante para literatura.

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No passado, o giz ditava regras, mas atualmente é a política e seus interesses

Os grandes homens que empunhavam o giz perderam suas funções para o tempo, hoje seus corpos cansados lutam por respeito na organização social, Mas, por ironia, as grandes oportunidades estão com um grande número de cidadãos que se envolveram em uma aliança política, e assim caminha a humanidade.
Seja por força da necessidade de sobrevivência, seja pela facilidade de trilhar o caminho do sucesso pessoal ou simplesmente por idolatrar alguma autoridade política, os homens, pouco a pouco, lotam os diretórios dos partidos políticos para pertencerem à nova e garantida forma de conquistar um lugar ao sol.
Os seres humanos estão menos homens e mais máquinas do que em toda a história da humanidade. O interesse ultrapassa qualquer projeto de vida, os jovens deixaram de sonhar e se rendem ao "facilismo" social. Esses querem a mordomia sem fazer esforços.
O País, logo, logo entregará o comando para essa geração de pequenos operadores das falácias, das artimanhas, dos exageros, das malandragens e do desconhecimento do ofício. Os novos homenzinhos, que jogam games, usam redes sociais, bebem além da conta e ignoram o mundo real, viverão sem alimentos, sem água e sem energia.
Como será o amanhã? Difícil imaginar! Os novos aprendizes não sabem ler um texto, não sabem fazer amigos, não entendem da língua portuguesa, de matemática, física, química, geografia, biologia, sociologia, psicologia, filosofia, literatura. Mas irão formar-se em Direito, Medicina, Engenharia e, se não conseguirem vagas nesses cursos, serão professores. Afinal, as universidades precisam lucrar.
É isso aí! Os discípulos, quando não conseguem notas no ENEM para os cursos mais concorridos, migram para as licenciaturas. Esses aprendizes de notas baixas, que não são aceitos em quase nenhuma academia, serão os professores dos nossos filhos, netos e bisnetos.
A educação e a política despencaram para o mais baixo degrau da ordem social. Hoje, os professores têm ódio dos estudantes. Esses últimos são discriminados por não entenderem nada do que é abordado e, tampouco, identificarem-se com o ambiente escolar, enquanto os primeiros são educadores sem competência para ocuparem as salas de aula. Não por suas culpas, porém, pelo sistema.
A política e a educação vivem em compasso de cortejo. A primeira quer quaisquer nomes para trabalhar a serviço do corporativismo, a segunda quer quaisquer cidadãos com diploma para assumir o fracasso da vida humana.


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terça-feira, 10 de junho de 2014

Avaliando o imensurável: a Literatura dentro das escolas



Visando trazer um caráter igualitário perante a sociedade, a escola    moderna apresenta, atualmente, questões importantes de serem repensadas e, porque não, modificadas. Ao passo que percebemos e sentimos os movimentos e demandas da civilização pós-moderna, as instituições de ensino parecem ter estagnado no tempo, sem sofrer as alterações presentes além de seus muros.

Relativizando tal questão para a realidade dos professores de Literatura do ensino médio   , aponto dois importantes aspectos a serem questionados: como instigar o hábito da leitura nos jovens? De que maneira avaliar dado conhecimento com caráter tão subjetivo?

Pensar a Literatura como um conteúdo que visa, unicamente, a sua periodização, minimiza todo o caráter transformador    que o objeto texto pode apresentar e sugerir aos leitores. Caracterizar o ensino literário de forma prática e objetiva é um dos motivos que leva os jovens a perceberem tal conhecimento como um plano inatingível, uma vez que o conteúdo passa a não inferir novos saberes e novas criatividades. Partindo do entendimento de que as leituras são    fontes de (re)significação e experimentação da própria vida, o ensino de Literatura deveria promover ao estudante a reflexão    de fatores subjetivos e inerentes à humanidade, tais como: nossas emoções, o autoconhecimento, a mortalidade, a sexualidade, a nossa existência, as nossas utopias, a nossa história, etc.

O escritor e pesquisador da área, Ricardo Azevedo, levanta tais questões previamente apresentadas enfatizando, ainda, que o caráter plurissignificativo presente na Literatura é que a torna um campo passível de diferentes interpretações e, consequentemente, presenteia-nos com o imaginário e a fantasia.

Levando em consideração o traço    subjetivo e plural do discurso poético e da ficção, problematizar o espaço avaliativo que tomamos postura é um fator essencial para que não ajamos de forma incoerente. Enquanto uma disciplina que se relaciona de diferentes formas com a heterogeneidade de sujeitos no mundo, a avaliação do conhecimento se torna desarmônica quando medida de forma exata. Em outras palavras, a construção    do saber literário e o desenvolvimento discente com relação à leitura é algo progressivo e prolongado, uma vez que os dizeres e significações evocadas em um texto dependem não só do domínio da leitura, mas também, da percepção que os jovens têm do mundo extraliterário. Além disso, por tratarmos de um saber imensurável e, muitas vezes, ambíguo, a forma avaliativa deveria ser pensada de maneira harmoniosa com o modo que o docente produz e apresenta o conhecimento aos alunos.

Portanto, pensar a Literatura dentro das escolas está diretamente ligado a ponderar sobre questões que vão além das letras digitalizadas e impressas em um livro. Estamos lidando com transformação    de sujeitos concretos inseridos em um mundo não estático e repleto de simbologias.


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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Resiliência na infância

A resiliência constitui, por definição, como uma capacidade do ser humano de se distender sob o efeito do estresse e depois voltar ao seu estado normal.

O conceito de resiliência teve origem nas ciências físicas e a utilização nas ciências da saúde aconteceu na década de 1970 a partir de estudos sobre pessoas que, mesmo passando por experiências traumáticas, não desenvolviam doenças psíquicas.

 Atualmente percebemos uma evolução dos estudiosos no entendimento da resiliência por ultrapassar o traço puramente individual, ampliado com a influência das suas relações e compreendida enquanto processo.

Ao pensarmos nas crianças e nos adolescentes, ser resiliente envolve a capacidade de ultrapassar fatores de risco aos quais estão expostas e evitar as consequências negativas, tais como, problemas de comportamento, emocionais ou dificuldades acadêmicas. Tanto a família como grupo de colegas, escola e comunidade exercem influências sobre as adaptações da criança, assim como aquisição de habilidades afetivas, cognitivas, sociais e vocacionais.

Segundo a Psicologia do Desenvolvimento, é considerado fator de risco quando a pessoa não consegue lidar adequadamente com uma ou mais tarefas que marcam cada estágio de sua vida. O que pode levar ao surgimento de sintomas, danos futuros nas próximas fases e posterior ocorrência de psicopatologia. 

Obstáculos individuais ou ambientais que aumentam a vulnerabilidade da criança e do adolescente para resultados negativos no seu desenvolvimento são considerados como risco.

De acordo com a Associação Americana de Psicologia - APA, os seguintes fatores estão relacionados à resiliência:

 a) o relacionamento positivo com ao menos um adulto significativo (parente ou não),
b) a existência de uma âncora religiosa ou espiritual (fornece senso de significado),
c) expectativa acadêmica alta e realista e suporte adequado,
d) ambiente familiar positivo (limites claros, respeito pela autonomia do adolescente etc),
e) inteligência emocional e f) habilidade para lidar com o estresse.

A resiliência parece ter um valor muito especial para crianças e adolescentes para que consigam superar com sucesso os múltiplos desafios e problemas com que são confrontados cotidianamente.

Apesar do núcleo familiar ser o primeiro modelo de afetividade e sua principal referência, quanto mais contato com modelos positivos diante da vida eles tiverem desde cedo, mais encorajados eles serão para o desenvolvimento de suas próprias qualidades de empatia, compaixão e resiliência. Uma das habilidades que são consideradas colaboradoras para o desenvolvimento da resiliência é a de regular as reações emocionais em diversos contextos.

Pesquisas apontam que a resiliência aumenta com a idade, a consequente exposição a eventos adversos e aprendizagem de estratégias de enfrentamento.

 Por isso, necessitam de orientação e apoio, tornando-se cada vez mais urgente o trabalho preventivo e ação com crianças no desenvolvimento de resiliência.



quarta-feira, 23 de abril de 2014

EJA e a arte de educar jovens e adultos



A andragogia, do grego (“andros” – adulto e “gogos” – educar) se constitui como a ciência voltada ao ensino de adultos. Ao se pensar em educação de adultos, precisamos ter como princípio a ideia de que algumas particularidades precisam ser respeitadas e, por essa razão, o currículo deve ser pensado em função das necessidades deste perfil singular de estudante.

Diferentemente dos usuais métodos de ensino às crianças, os jovens e adultos tendem a aprender algo quando esse conhecimento se associa a uma necessidade e função conectadas a sua realidade, de forma que os conteúdos tratados em sala de aula precisam estar relacionados a temas significativos da vida social e profissional destes alunos.

 É imprescindível, portanto, que as aulas estejam baseadas e pautadas em experiências concretas e funcionais interligadas à vivência do grupo.

A pergunta “isto serve para quê?” deve estar sempre em evidência no planejamento do professor e permear o dia a dia do educando. Torna-se função do educador, assim, provocar transformações nestes alunos, a partir do conhecimento (saber) que será transmitido, associado às habilidades (saber fazer) intrínsecas deste conhecimento e por meio de atitudes (querer fazer) do educador e do próprio educando.

Esse é o grande desafio da educação: agregar valor ao que se propõe a ensinar, sem deixar de cumprir as exigências competitivas do mercado de trabalho.

O modelo andragógico, nesse viés, possui os seguintes princípios básicos:

1.  Saber justificado: adultos precisam saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que obterão nesse processo. Ainda, o aprendizado é mais bem aproveitado e retido quando os conceitos apresentados são bem contextualizados, demonstrando sua aplicação prática e sua utilidade.

2.Novo conceito de aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto, querem ser vistos e tratados pelos outros como capazes de se autodirigir.

3.Aprendizado e realidade: para o adulto, suas experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças individuais e sociais, relacionando, inclusive, o aprendizado em sala de aula com situações reais do dia a dia do educando, se mostram mais eficazes.

4.Motivação para aprender: adultos mais motivados a aprender em decorrência de fatores externos, como melhores oportunidades de trabalho e salários, mas também devido a valores intrínsecos, como autoestima, reconhecimento pessoal, autoconfiança, entre outros.

Dessa forma, acabou-se o tempo em que a educação de adultos visava apenas ensinar o aluno a ler e a escrever. Atualmente, ela está voltada à formação de agentes transformadores, críticos e aptos a ingressar ou se sobressair na vida profissional.

O adulto chega à escola trazendo um sonho, tal qual o de ser reconhecido pelo o que já sabe, e, em contrapartida, tem consciência do que ainda não sabe. Essa é uma importante ambiguidade do trabalho do professor na EJA, cuja atuação deverá se focar no resgate deste sonho, procurando trazê-lo à realidade, enquanto orienta o educando na busca por sua excelência educacional.

Vale mencionar a lição de Paulo Freire, presente no livro Pedagogia da Tolerância, coletânea de reflexões organizada por Ana Maria Araújo Freira (2004, p. 206), no qual ele afirma que “não é possível sonhar e realizar o sonho se não se comunga este sonho com outras pessoas.”

Deve o professor da EJA, de tal modo, incentivar seus alunos a investir em si mesmos e a buscar seus sonhos, alcançando por meio desta união o resultado prático de suas idealizações, formando o aluno como ser humano tanto quanto profissional.

Por estes motivos, ressalto que enquanto a escola prepara a criança para o futuro, na EJA a escola prepara o adulto para o presente, oportunizando diminuir a distância entre o que o adulto espera aprender na escola e o que a escola oferece de aprendizado para este adulto. Ao mesmo tempo, a EJA procura traduzir para a realidade social deste indivíduo o que ele espera de seu ambiente educacional e social, em contraste com o que a sociedade e o mercado de trabalho buscam deste profissional.

Maria Angela Diaféria, assessora pedagógica da Editora FTD.

Plano pedagógico, uma necessidade



Como educadora, tenho pautado minhas abordagens relacionadas à educação e de forma mais verticalizada ao ato de ensinar e aprender. O educar é uma ação que compreende infinitas nuances. Todos os aspectos do ato de ensinar e aprender são relevantes no processo, mas, como é do conhecimento geral é necessário um planejamento adequado dos objetivos e metas a serem alcançadas.

Um dos instrumentos essenciais ao bom planejamento é sem dúvida o apoio que o currículo nos dá. Segundo Maria Cristina Davini, “Em termos genéricos, um currículo é um plano pedagógico e institucional para orientar a aprendizagem dos alunos de forma sistemática. Mas, é importante observar que esta definição pode adotar variados matizes  de acordo com as diferentes concepções de aprendizagem que orientam o currículo. Melhor dizendo: segundo o que se entenda por aprender e ensinar, o conceito de currículo varia, como também varia a estrutura sob a qual é organizado.

Existem alguns tipos de organização curricular que são  habitualmente usados nas Unidades Escolares brasileiras dentre os quais podemos citar o Currículo  Formal, Currículo por Assuntos ou Currículo Interdisciplinar e o  Currículo Integrado.

O Currículo Formal tem como característica principal o formalismo e a transmissão de conhecimentos divididos em disciplinas. A aprendizagem acontece normalmente por informações oriundas de livros de forma descontextualizada da realidade. Esta modalidade  de currículo se fundamenta na concepção tradicional  de educação e sua estrutura é portanto teórico-dedutiva.

Diante do panorama de avanços na educação, era de se esperar que as críticas ao Currículo Formal surgissem e, que novas abordagens fossem colocadas em prática. Uma dessas novas abordagens, denominada Currículo por Assuntos ou Currículo Interdisciplinar, apresentou um salto qualitativo na construção do conhecimento, pois, sua construção parte da definição por temas de integrados ao cotidiano da sociedade. A estrutura interna deste currículo é indutivo-teórica e assim sendo, os educandos utilizam-se da investigação para compreensão dos problemas propostos, participando ativamente da construção do conhecimento.

Não quero afirmar que houve “transformações radicais” na educação com esta modalidade curricular, entretanto é indiscutível que nos primeiros momentos ela significou uma ruptura com o tradicionalismo. Não devemos nos esquecer, porém que com o tempo os “temas” estão sendo enquadrados em “grandes áreas de conhecimento” e se tornando “quase”  disciplinas fechadas.

Existe ainda de forma inovadora o Currículo Integrado,  voltado para  a formação profissional que integra trabalho e ensino. Como afirmou Maria Cristina Davini em texto adaptado por José Paranaguá de Santana  “... no âmbito da educação formal,  supõe uma ruptura com as concepções tradicionais do ensino e, fundamentalmente, com as formas escolares academicistas desvinculadas da prática real e cotidiana de uma determinada profissão. Finalmente, numa ruptura com a antiga divisão entre teoria e prática uma vez que ambas encontram-se integradas no exercício profissional concreto.

  Prevalece a concepção de aluno-construtor de seu conhecimento, a partir da reflexão e indagação sobre sua própria prática e em função da mesma.

É preciso avançar mais nos aspectos voltados à construção do saber. Muito temos conquistado ao longo das últimas décadas, mas, temos a certeza plena de que  nossas lutas como educadores é e sempre serão constantes. Não será somente com a evolução curricular que alcançaremos as metas propostas à educação, formal ou não. 

Entretanto temos a convicção de que organizações curriculares voltadas ao reconhecimento de que o ser humano faz parte de uma totalidade e, trás consigo conhecimentos e especificidades do seu meio, já terá sido um bom início no sentido de alcançarmos uma educação que vise de maneira prioritária, a formação integral do ser humano.

Por: Márcia Carvalho, pedagoga, psicopedagoga, mestra em Sociedade, Políticas Públicas e Meio Ambiente.